Não foi à toa que escolhi essa foto para ilustrar esse texto. Nela, você vê um cartão postal, uma menina sorridente e… só. Se você é usuário do Instagram, provavelmente vai ter acesso a centenas de outras fotos parecidas com essa ao longo do dia.
Vai ver pratos incríveis, praias com águas cristalinas, casais apaixonados, best friends forever, looks do dia…e muitos, mas muitos corpos considerados “perfeitos” para o padrão de beleza atual.
Diversas pesquisas têm mostrado que as redes sociais estão bagunçando a saúde mental das pessoas, justamente porque esse bombardeio de estímulos acaba sendo um gatilho para a comparação constante e a sensação eterna de que a vida de todo mundo é incrível – menos a sua.
Esse tipo de frustração pode ter origens diversas, mas acredito que uma das significativas é a falta de representatividade e de identificação. Especialmente no que diz respeito ao corpo feminino.
Na era do empoderamento da mulher e de uma maior conscientização sobre o feminismo (amém, MULTIPLICA, SENHOR!), ainda falta muito para vermos uma maior diversidade de corpos nas redes sociais e na mídia de um modo geral.
Percebo, entre os próprios perfis que eu sigo, que existe uma polarização bem demarcada. De um lado, estão as blogueiras fitness. Do outro, ativistas do body positive ou representantes do segmento plus size.
A ideia aqui não é comparar estes perfis, mas sim, falar do meio termo: afinal, onde estão as mulheres que não se consideram nem gordas (*), nem magras?
Em uma busca rápida pela internet, encontrei poucos artigos falando sobre o tema, e a maioria deles está relacionado ao modo de vestir. Não era exatamente isso que eu estava procurando.
Queria simplesmente ver mulheres fazendo poses reais; celebrando seus corpos independente das medidas ou do número que vestem.
Decidi então fazer uma enquete na minha conta pessoal do Instagram.
A princípio, notei que muitas mulheres sentem que fazem parte desse “limbo” por não ter na internet corpos parecidos com os delas. No entanto, recebi diversas dicas legais. E eu também tinha divulgado algumas delas nos stories, mas resolvi concentrar tudo aqui.
Algumas eu já acompanhava o trabalho, outras, comecei a seguir recentemente. Algumas têm todo um trabalho de conteúdo relacionado justamente ao corpo e aos padrões de beleza. Outras simplesmente usam o Instagram para falar de outros assuntos, mas também mostram o corpo de maneira mais espontânea e natural.
A ideia é essa: quanto mais normalizarmos os corpos que não estão nas capas de revistas, mais vamos entender que o que está nas capas de revista é a exceção, não a regra. Então convido a todas para uma renovada nesse feed.
Incluí aqui também alguns exemplos de perfis de mulheres mais velhas, diversidade de cor de pele e até mesmo de corpos que sofreram alguma mutilação ou problemas graves de saúde e, ainda assim, estão vivos e livres!
Acho importante normalizar esses outros fatores também. Nós são somos só um número na balança. Nosso corpo é nossa história e temos que aprender a honrá-lo!
Vai ficar faltando muitos perfis aqui, mas se vocês gostarem desse tipo de conteúdo faço outros posts trazendo mais dicas. A ideia é: menos filtro; mais vida real! Seguem algumas dicas:
Perfis nacionais
Perfis gringos
(*) Uso a palavra “gorda” livremente porque não a encaro como ofensa. É uma característica, assim como magra, loira, baixa, alta…desmistificar esse tipo de coisa também faz parte da desconstrução dos padrões de beleza. “Gorda” não deveria ser usado como um xingamento, porque não é! 😉