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Documentário aborda beleza e representatividade da mulher na mídia

Outro dia, li uma entrevista com uma atriz que dizia que não via quase nada de bom em envelhecer. Listou umas duas ou três coisas ligadas ao amadurecimento emocional como fatores positivos; em contrapartida, a lista de angústias era gigantesca.

O pescoço anda muito enrugado, a barriga já não é mais a mesma, as linhas de expressão a obrigam aplicar botox o tempo todo…é, não deve ser fácil viver de imagem num mundo em que valoriza tanto a aparência da mulher. Para nós, é implicitamente negado o direito de envelhecer. 

Enquanto há material suficiente na mídia sobre como nos comportar, o que vestir, o que comer (e principalmente o que NÃO comer) e o que passar na cara para congelar o tempo, pouco se fala sobre a origem dessa pressão estética.

O documentário Miss Representation é de 2011, mas, mesmo quase dez anos depois, ainda é super atual (infelizmente). Ele aborda a forma como a mídia e cultura contribuem para colocar a mulher nesse papel de obediência e submissão.

Não pode envelhecer, não pode engordar, não pode se vestir de “qualquer jeito”, não pode sair sem passar pelo menos um “blushezinho”…senão alguém corre já perguntar se você está doente, porque parece muito “abatida”.

Se identifica? Pois é, essa imagem foi construída ao longo dos anos e as exigências de beleza só aumentam. A boa notícia é que a consciência sobre isso também vem crescendo, por isso eu vim aqui resgatar este documentário e te incentivar a refletir mais sobre esse assunto. 😉

Foto: The Representation Project/Divulgação

Quem sabe, a partir de uma compreensão maior, possamos ser influências positivas para as crianças e mulheres que estão ao nosso redor. Somos mais do que só um corpo. ❤

Veja o trailer: 


Foto principal: Jennifer Siebel Newsom (à direita) escreveu, dirigiu e produziu o documentário Miss Representation | The Representation Project/Divulgação