Domingo é o dia internacional da comilança: é lasanha em família, cerveja, churrasco, sorvete.

Para mim, que também sou filha de Deus e dou as minhas exageradas, o pior nem é o almoço: é aquela maldita fome que chega dez da noite, hora que eu deveria estar dormindo, e não engordando.

Geralmente só pizza esquentada – que, diga-se de passagem, é uma delícia – salva nessa hora. Mas dia desses resolvi fazer diferente, e investi em um macarrãozinho japonês que estava no meu armário. Então vou dar esta dica logo na sexta, porque talvez ela seja útil lá no fim do domingão.

Para quem não conhece, ele é conhecido como ‘bifum’, e tem a espessura de um cabelinho de anjo. Também é mais branquinho que uma massa tradicional. 

O macarrão oriental apresenta duas vantagens bem interessantes. A primeira é que, por ser feito de arroz, ele é menos calórico e também mais leve, o que facilita a digestão. 

Além disso, ele fica pronto super rápido. Aí você me diz: “ah, mas miojo também é rápido”. Sim, de fato. Mas além de ter aquele maldito tempero altamente artificial, ele é frito no seu processamento. Sabia disso?

Eu já tinha lido a respeito e me recusado a acreditar, mas a nutricionista esportiva Vivian Ragasso, do Instituto Cohen (que também fez o cálculo da receita que você vê abaixo), confirma a informação. “O bifum também é fácil de ser preparado e possui um sabor neutro”, indica. 

Nível de dificuldade: cadê o gosto?
Confesso que eu já havia tentado fazer o bifum outras vezes, mas essa foi a primeira que eu realmente consegui colocar sabor no danado.

A dificuldade que eu tinha era de deixar os temperos penetrarem na massa sem necessariamente ter que usar shoyu ou algum molho. 

Então eu fiz duas coisas que acho que trouxeram resultado positivo nessa receita. Uma foi usar o requeijão, que se incorporou à massa e deu uma cremosidade maior. 

A outra foi um truque um tanto quanto, digamos assim, ‘anti-gourmet’. Que Deus abençoe que nenhuma mamma italiana (ou, nesse caso, japonesa) chegue a este post. Eu quebrei o macarrão. Pronto falei.

Em minha defesa, devo dizer que sem quebrar os fios o tempero não se mistura nem por reza braba. Comprovei que na cozinha, às vezes quebrar regras – e macarrões – se faz necessário.

Como ingredientes, você pode usar a criatividade. Eu optei por carne moída (pois sempre tenho pronta e armazenada em pequenas porções no freezer), e legumes congelados, destes que a gente compra em saquinho no mercado.

Mais uma vez reitero que se você tiver a chance de usar alimentos frescos, não pense duas vezes. Mas para um domingo às dez da noite, este foi o melhor que pude fazer. Ficou bom, viu, gente? Anota aí.

Ingredientes
200 g de macarrão de arroz
200 g de carne moída já pronta (refogada apenas em um fio de óleo, com alho, cebola e temperos)
2 colheres bem cheias de requeijão light
2 xícaras de legumes variados picadinhos (usei o congelado, que vem milho, vagem, cenoura e brócolis)
Sal a gosto

Modo de preparo
Cozinhe o macarrão em água fervente com um fio de óleo e sal. É muito rápido mesmo, coisa de dois minutinhos. Quando estiver no pronto, escorra, acrescente o requeijão e mexa bem. Por fim, adicione a carne e os legumes e misture tudo. Aí é só servir. 

Rendimento: 4 porções
Valor calórico por porção de 180 g: 391 calorias

Obs.: gente, este macarrãozinho rende muito, ele praticamente cria vida própria quando cai na água. Então cuidado para não pesar a mão na quantidade e acabar desperdiçando, beleza?