“Estou tão gorda”. Será que está mesmo? E a quem isso importa?
Eu sempre me achei gorda. Acho que começou ainda na infância, quando eu era a única criança com o corpo “normal” em meio a tantas Olívias Palitos da sala de balé. Que também eram “normais”, dentro do biotipo delas. Mas elas não eram só “normais” para o balé. Elas eram perfeitas. Eu não era perfeita dentro desse universo. Tanto que eu não fui além da terceira série, quando já estava até usando sapatilha de ponta. Desisti. Angustiada com vontade de dançar, mas me sentindo inadequada naquele ambiente, passei anos e anos me dedicando a TODAS as outras modalidades de dança imagináveis. Jazz, moderno, contemporâneo, salsa, bolero, gafieira. Zouk (capítulo a parte: saudade ♥). Não acho que foi só o balé que moldou a minha forma de olhar a mim mesma no espelho, foram diversos outros fatores. Felizmente, nunca cheguei a desenvolver nenhum transtorno alimentar. Além disso, por conta da minha criação, meus hábitos sempre me ajudaram a manter uma certa estabilidade no meu peso. Gosto de comer comida de verdade e caseira (que é uma …