E o filho, vem quando?
Eu tenho 39 anos e ainda não decidi se quero ter filhos. E essa dúvida existe há tanto tempo na minha cabeça que hoje posso dizer que me sinto até confortável com ela: não me culpo mais. Também já não me importo mais com a perguntinha do título. Já me irritei muito, mas aprendi que a mulher nunca tem paz, com filho ou sem filho. Se tá solteira: “quando é que casa”?. Se casou: “e o filho, vem quando?”. Se teve filho: “não vai dar um irmãozinho?”. Se engordou: “Precisa perder uns quilinhos, hein?”. Se emagreceu: “Nossa, precisa se cuidar, tá muito magrinha”. Olha, cansa. Mas por muito tempo acreditei que eu tinha algum problema simplesmente pelo fato de ter essa dúvida e não conseguir me decidir por algo que parece tão óbvio e natural para toda a espécie feminina. Pelo menos é assim que nos contam. Filho é uma dádiva, não é? Como é que eu posso ter dúvida se quero essa benção, esse presente de Deus, esse “amor que só quem é mãe …