Precisamos normalizar o final feliz sem príncipe
Nada melhor do que uma série gostosinha para amenizar o coração do povo sofrido que sobreviveu a 2020, não é mesmo? Carente, melancólica e com saudades da família, não pensei duas vezes em dar o play na série “Namorado de Natal”, da Netflix, e simplesmente maratonei. Essa é a típica série que nos faz esquecer do mundo lá fora. Toda a estética é agradável e traz um “quentinho” para o coração: a neve, os dramas familiares de fácil identificação, amigos ponta-firme e uma protagonista encantadora, daquelas que dá vontade de ser amiga. Os personagens são carismáticos, bem escritos. Em pouco tempo, eu estava apegada a eles. Nem vi as horas passarem. A série talvez tenha cumprido seu objetivo principal: me distraiu. Spoiler alert Devo adiantar que, a partir de agora, trago um spoiler gigantesco, porque embora eu tenha adorado a série, esperava mais do desfecho da personagem principal, Johanne, uma enfermeira de 30 anos que sofre pressão familiar para arrumar um namorado. Até aí, nada de novo. Inúmeras produções giram em torno do “problema” de …