Cadê a fruta do suco de fruta?
São apenas dez horas da manhã de um dia ensolarado e eu paro no quiosque de uma estação de metrô para comprar uma água. À minha frente, a moça pede dois hot dogs “com tudo o que tem direito”, um para ela, um para a filha. “No capricho, hein, moço?”, reforça. Coisa feia é ficar reparando no pedido alheio, não nego. Mas não consegui não pensar naquela menina, que devia ter uns nove anos de idade, ingerindo toda aquela quantidade de catchup de marca duvidosa, maionese e batata palha murcha como o que provavelmente seria a primeira refeição do dia. Reitero aqui que sou contra o radicalismo quando o assunto é alimentação. E com a rotina que levamos nas grandes cidades, é praticamente impossível abrir mão dos industrializados, especialmente quando estamos nas ruas. Mas eu me assusto com a quantidade de vezes que vejo, neste tipo de cena cotidiana, mães sendo permissivas e negligentes com relação ao que as suas crianças estão comendo. Na mesma proporção que observo este tipo de coisa, vejo os números …